terça-feira, 2 de setembro de 2008

Nada serviu


Como é difícil querer o que não se pode ter

É ver, mirar ao longe aquela estrela insistente

Montar um cavalo selvagem, quem sabe morrer

É viver no futuro sem sorver o presente.


Me cega...não quero ser vouyer

Da solidão que meu instinto pressente


Um ver que contém a urgência,

mas admite a impotência

A inveja cinza, sem sapiência

gosto ou ciência.


Pena de mim e de você,

que nunca chegaremos

a nós.

Por mais que tua presença

a mim se achegue, jamais o

toque, a graça, o riso

e o abandono nesse abraço

que é estrela, lua e universo.

Já vai tempo que te vi primeiro

Já vai tempo que te quis antes

antes da fundação do mundo.

E nada serviu, nada serviu...

nada serviu.

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