quarta-feira, 3 de agosto de 2011



Das Arábias

Que devo dizer, Oxalá ou Amém?
Onde? Na praia de Copacabana ou
Nas areias do deserto de Siquém...
Pra quem?
Pras mulheres de biquíni, ou...
aos eunucos do harem?

Voce me acha tão esquisita,
E eu te conheci na mesquita
Tu me deixas no ora veja
Eu lhe sirvo coxas na bandeja

Toda enrolada no xale, destino:
lido e sabido na borra do café!
moça prometida, nada repentino
Papai avisou, não casa com a ralé

O cheque do xeique impressionou
A pilantragem no deserto infiltrou
A parada era falsa feito a loira do Xerém
Até a Odalisca tinha vindo é do Belém!


MANCHETE

E essa ardência que não passa.
Deve ser o sal contido no mar que meus olhos abrigam.
A concordância forçada de padrões tão, tão e tão dissonantes.
Tudo aquilo que transborda é ardência, dormência, sintoma.
A clemência por uma escuta que não me arremesse direto ao banco do réu.