Contando o Conteúdo
Um espaço destinado ao que vier para contribuir, para estar junto de alguma forma. Um espaço onde se crie o benefício da dúvida. Aqui, FORA com as certezas!
quarta-feira, 25 de abril de 2012
SABE, NA MINHA INFÂNCIA COSTUMAVA OLHAR-ME (NÃO NO ESPELHO, A OLHO NU MESMO) E PERGUNTAR QUE NEGÓCIO ERA ESSE DE SER EU.
DE QUE ERA FEITA A PELE, QUEM TINHA FEITO AS ESTRADAS, A GRAMA , QUEM TINHA INVENTADO A GELADEIRA. COMO É QUE AS COISAS PODIAM SIMPLESMENTE JÁ ESTAR LÁ QUANDO NASCI?
ACHAVA O MUNDO ESTRANHO... DEPOIS FUI ME ACOSTUMANDO A ELE, MAS ELE ACHO QUE NUNCA ME RECEBEU MUITO BEM. HOJE EU AINDA NÃO SEI DIREITO COMO É QUE NÃO ACONTECE UM CAOS (MAIOR DO QUE JÁ EXISTE), POIS A ÚNICA COISA QUE CONTÉM A EMOÇÃO HUMANA É SUA CONSCIÊNCIA. E JÁ QUE ELA NÃO ANDA LÁ ESSAS COISAS, ÁS VEZES ME DÁ MEDO QUE ALGO MAIOR QUE UM TSUNAMI POSSA INUNDAR A MENTE HUMANA NUM TRANSE COLETIVO.
SÃO MINHAS FANTASIAS DE MENINA AINDA CREIO EU.
POR ENQUANTO, TUDO EM PAZ DO LADO DE CÁ.
quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Das Arábias
Que devo dizer, Oxalá ou Amém?
Onde? Na praia de Copacabana ou
Nas areias do deserto de Siquém...
Pra quem?
Pras mulheres de biquíni, ou...
aos eunucos do harem?
Voce me acha tão esquisita,
E eu te conheci na mesquita
Tu me deixas no ora veja
Eu lhe sirvo coxas na bandeja
Toda enrolada no xale, destino:
lido e sabido na borra do café!
moça prometida, nada repentino
Papai avisou, não casa com a ralé
O cheque do xeique impressionou
A pilantragem no deserto infiltrou
A parada era falsa feito a loira do Xerém
Até a Odalisca tinha vindo é do Belém!
terça-feira, 19 de julho de 2011
Para Além de Nós.

Num tempo distante
Ontem, não sei onde
Havia um fauno.
Figura mítica, instigante
Mistura minha, meio eu meio tu.
Segundas feiras me visitava
Letras se derramavam feito rio
Tinha um leito que tudo acolhia
E corria...
Meus olhos sorviam texto
Bebiam palavras e imagens
Ouvidos atentos sem reserva
Coração a céu aberto.
Nesse dia, tudo existia, tudo era.
Meu fauno, minha alegria.
Agridoce criatura sem par.
Caminha por aqui entre nós.
Lufar de asas constante.
Itinerante pensamento
Da pipa o Barbante.
Aquilo que vai por dentro.
quinta-feira, 1 de abril de 2010
Tua Cara
Nasceste da lua, veio já pronto
Voou antes mesmo de andar
Sem vírgula nem ponto.
És uma exclamação na pergunta
Não espalha nem junta
Um coração através do espelho
Que nunca esconde o rosto.
Da cartola, o coelho
A surpresa, o espanto, o gosto.
Vem cantando, chora quando quer
Vai sumindo sem nunca deixar.
Um homem nada comum
Encanto do simples
Encontro de águas
Páginas de prazer na linha da vida,
palma de minha mão.
Fazedô de canção...vaidade do Pavão.
Maestro de uma orquestra particular
Que guarda no coração.
Voou antes mesmo de andar
Sem vírgula nem ponto.
És uma exclamação na pergunta
Não espalha nem junta
Um coração através do espelho
Que nunca esconde o rosto.
Da cartola, o coelho
A surpresa, o espanto, o gosto.
Vem cantando, chora quando quer
Vai sumindo sem nunca deixar.
Um homem nada comum
Encanto do simples
Encontro de águas
Páginas de prazer na linha da vida,
palma de minha mão.
Fazedô de canção...vaidade do Pavão.
Maestro de uma orquestra particular
Que guarda no coração.
quarta-feira, 24 de março de 2010
Tempo de Cheia

Nunca mais tuas marés
Mansas, salgadas/doces
Verão a primavera quente
Que sem reserva entreguei.
Nem mais o cheiro desprendido
Inexplicavelmente do corpo:
Plácido embora ávido, sentirei
Tudo trama sem qualquer sentido
Anseios, animais virgens insanos
Alçaram vôo de estréia, vertigem
Roupas, trapos ou finos panos
Leva tudo pra viagem!
Corpo "só" vê abrigo em qualquer estalagem
Hora de voltar pra casa
Fazer curativo e repouso
Consertar minha asa
Quebrada em forçado pouso.
quinta-feira, 18 de março de 2010
Estado Interessante

Dia quente, nada de chuva. Nessas tardes de preguiça vem sempre uma idéia de ir embora para uma outra terra menos árida.
Daí é só dar linha que o pensamento toma corpo e sai viajando por aí. São tantas as possibilidades que essa idéia logo acaba se perdendo e dando lugar a alguma outra divagação qualquer. Uma pessoa, uma música, um encontro ou desencontro que ficou no passado.
Cansado disso, o corpo pede um copo d'água e agora satisfeito volta a elucubrar (palavra feia, né?).
A cama está macia...os olhos vão baixando a guarda lentamente. As paredes do quarto parecem derreter junto com os quadros e tudo mais.
Entro em estado de torpor. Nesse estado "interessante" é quando as fantasias começam a ficar mais ousadas. Já não desejo ir pra Índia, mas estou lá! Depois de perceber que o calor também é insuportável, decido pelo Alaska: Choque térmico.
Acordo do devaneio e descubro por baixo da neve recém sacudida uma tatuagem do Buda.
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